O desafio de manter competitividade em mercados pressionados
Distribuir produtos no Brasil não é tarefa simples. Margens apertadas, alta carga tributária, concorrência acirrada e pressão por prazos curtos colocam os distribuidores em uma constante corrida por eficiência.
Nesse cenário, reduzir custos na distribuição não é apenas uma meta financeira — é uma questão de sobrevivência estratégica.
Mas onde exatamente estão os maiores desperdícios operacionais? E como reduzir custos sem prejudicar o atendimento, a produtividade ou a expansão da empresa?
Onde estão os maiores gargalos de custo na operação de distribuição?
Para entender como reduzir custos com inteligência, é preciso primeiro identificar os pontos críticos. As distribuidoras, especialmente nos segmentos de alimentos, bebidas, utilidades e produtos de consumo, costumam apresentar alguns padrões:
1. Ineficiência logística e roteirização manual
Gastos com combustível, tempo ocioso de veículos e equipes, e rotas mal planejadas elevam os custos logísticos. Muitas distribuidoras ainda usam planilhas e aplicativos genéricos para montar suas entregas, o que limita a otimização.
2. Processos manuais e retrabalho
Conferência de mercadorias, emissão de documentos fiscais, lançamentos financeiros, controle de estoque — quando não integrados, esses processos geram retrabalho, erros e lentidão.
3. Falta de visibilidade sobre indicadores operacionais
Sem dados claros sobre desempenho de equipes, lucratividade por cliente ou produtividade da força de vendas, as decisões são feitas “no escuro”. Isso dificulta cortes estratégicos e ajustes que realmente reduzem custos.
4. Perdas financeiras com inadimplência e erros de precificação
Distribuidores que não têm controle apurado da carteira de clientes, histórico de compras ou política de preços unificada acabam absorvendo prejuízos por inadimplência, descontos excessivos ou margens mal calculadas.
Como melhorar a eficiência operacional em distribuidoras
Reduzir custos não é sinônimo de cortar investimentos. Pelo contrário: as distribuidoras mais eficientes são aquelas que tratam eficiência como estratégia de crescimento, e não como contenção.
Veja algumas práticas que vêm sendo adotadas por empresas referência em distribuição:
1. Automatize onde há mais retrabalho
Automatizar tarefas repetitivas (como emissão de notas, conciliação bancária, baixa de estoque e criação de pedidos) libera tempo da equipe e evita erros.
2. Use dados em tempo real para decisões operacionais
Ter dashboards consolidados com informações de vendas, clientes, estoque e logística permite tomar decisões rápidas e embasadas, como renegociar contratos, ajustar rotas ou redefinir mix de produtos.
3. Padronize processos e elimine ruídos entre equipes
Do pedido à entrega, quanto menos ruído e retrabalho entre os times de vendas, financeiro e logística, menor o custo operacional. Padronização é fundamental.
4. Integre sua força de vendas ao restante da operação
Quando vendedores têm acesso a histórico de compras, status de pedidos, estoque e saldo de clientes, a venda se torna mais consultiva e rentável — com menos retrabalho na retaguarda.
Case real: distribuidoras que aumentaram margem com eficiência
Empresas do setor que implementaram práticas de automação e integração de processos conseguiram:
- Reduzir até 30% dos custos logísticos, otimizando rotas e cargas;
- Economizar até 40% em mão de obra administrativa, eliminando tarefas manuais;
- Aumentar a margem de contribuição em até 15%, com controle de preços e custos mais apurado;
- Acelerar o ciclo de vendas em até 30%, ganhando velocidade operacional sem perder qualidade.
O próximo passo para distribuidores que querem crescer com lucro
Eficiência operacional não é um “luxo” reservado a grandes empresas. Hoje, distribuidoras de médio porte já conseguem adotar práticas e tecnologias que antes eram exclusivas de multinacionais — e colhem os frutos disso.
Se sua operação está presa em processos manuais, decisões lentas e falta de controle, esse é o momento de reavaliar a base da sua gestão.